terça-feira, 30 de abril de 2013

Para falar de quando se tem afinidades. De todos os tipos!


"Águas de Calanta 
Aqui você vai encontrar textos inundados nas águas oceânicas dos meus pensamentos e sentimentos.
De http://aguasdecalanta.blogspot.com.br/ 
terça-feira, 30 de abril de 2013

Amargo
“E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu”

Eu tenho a lembrança amarga do teu não.
Vontade de cuspir no chão.
Não.
Na cara lavada da chuva do teu não desejo.

E no fim o erro é todo meu.
Não se obriga o amor, não se tem o que não te pertence.
Mesmo com todos os entendimentos o amargo não se vai.
Ele fica e finca no corpo.
Tempo passa, passatempo.
E tudo há de se tornar apenas uma cicatriz.

Postado por Calanta Viana às 08:22

Uma gravidez de vinte e pouco anos... o filho só poder nascer assim, bem amadurecido. Como aquelas crianças que usam óculos e que pedem para comer brócolis. Tinha uma poeta dentro de você que só nasceu agora ou você vem escondendo esse filho do mundo, minha amiga?
Bjo grande,
Rachel

Se eu escondi do mundo foi pq estava escondido de mim mesma. Até a chegada de uma certa bruxa em uma noite de lua cheia que mágicamente plantou a semente da escrita em mim.
Um grande beijo somado a uma garagalhada de bruxa,
Calanta.

Essa resposta me deu certeza: o parto foi pleno; o menino é precoce; e eu, que entrei nessa história agora, sou sortuda pra valer... Um beijo em ti e outro no menino rsrs"

Da celulose ao plasma de elétrons

Da celulose ao plasma de elétrons, assim tem sido minhas férias. É, eu retornei aos caderninhos conforme fazia durante a infância e a adolescência. Eu ando curtindo o deslizar da caneta nas folhinhas amareladas dos cadeninhos com capas coloridas. Escrever deitada na cama, apoiada nos travesseiros, tem sido infinitamente mais prazeroso e, por isso, produtivo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mestre Manuel

Hoje fiquei sabendo que Manuel de Barros, o maior poeta vivo da língua portuguesa, tem um aparelho para melhorar a audição, mas que prefere não usar. Segundo sua filha, ele escutou muita coisa que não gostou. Com razão, mestre Manuel. Toda!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Em Garopaba


Amigos, estou em Garopaba hospedada em uma casinha pequena banhada pelo mar, com um amigo barbudo sem nome e sua cadela, Beta. Nós três estamos investigando fatos sobre o passado do avô dele. Passado e avô costumam mesmo me deixar interessada.  Ando conhecendo um punhado de gente legal e pensando em vocês quando vejo algo interessante. O que acontece quase sempre por aqui. Por favor, avisem à mamãe que estou bem, alimentando-me regularmente e que, assim que tudo se resolver, retorno. Beijos em todos.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Eu tô voltando


O meu ano novo começou nesta quarta-feira última, em um assalto. Foi ruim, muito ruim. Os dois dias posteriores a ele foram piores, se é que isso pode acontecer.  Hoje eu estou melhor. Já estou até conseguindo ter raiva das pessoas, porque logo depois do assalto, eu estava amando geral, perdoando até o Diabo! Eu ia mudar minha vida, ser uma pessoa diferente, comer só alface, falar pouco, rir baixo, adotar 3 crianças africanas, fazer urinoterapia, só andar de bicicleta, aprender a aplicar reiki, parar de falar nome feio, etc. Eu passei dois dias com essa neura, até que, hoje, eu acordei melhor... 

"Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando"

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Neste Natal

Neste Natal, eu quero três presentes: bons sabonetes, o novo livro do Daniel Galera e um caderninho para anotar sonhos novos. Todo o resto eu já tenho.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Um acento agudo em mim


Eu lembro bem. Estávamos, eu e a tia Cecília, no sofá cinza da casa de vila cheia de cor da minha vovó Alice. A vó, costurava no canto da sala. A tia, lia um conto de minha autoria selecionado pelo colégio e publicado na coletânea de fim de ano. Ela lia em voz alta. Eu, olhava atentamente suas expressões, analisando se o que saía pela boca vinha do coração. A crítica foi a melhor possível e era real. Sei disso porque crianças percebem mentiras no cheiro. Depois eu suspirei aliviada e feliz. Talvez ela nem saiba, mas colocou um acento agudo no meu “ser escritor” que já começava a dar os primeiros passos.